O número de trabalhadores da mineração que sofrem com a silicose (doença respiratória que causa fibrose pulmonar pela inalação de partículas contendo dióxido de silício e poeiras minerais), chega a 500 mil nas empresas de extração mineral e garimpo.
Minas Gerais é o estado brasileiro com o maior número de casos de silicose diagnosticados, e a quantidade de pessoas acamadas devido às partículas liberadas nas atividades da mineração, é alarmante.
Antes, um trabalhar adquiria um quadro grave de silicose com 15 anos de trabalho, hoje, encontra-se trabalhadores com quadro avançado com apenas 3 anos atuando no setor da mineração.
Em um período aproximado de 70 anos, referente à retomada da mineração no Brasil, podemos afirmar que mais casos de silicose foram diagnosticados, do que nos 180 anos do primeiro ciclo de exploração, no período colonial. Nessa época, muitos trabalhadores se dirigiam aos médicos da Justiça do Trabalho, não recebiam o diagnóstico correto e faleciam sem ter uma causa de morte convincente.
A silicose pode ser facilmente diagnosticada com uma radiografia e confirmada com uma tomografia de alta resolução no tórax. O tratamento é caro para os cofres públicos e muitos trabalhadores que são acometidos pela doença, chegam a falecer antes de conseguirem qualquer auxilio ou indenização.