O modelo de melhoria contínua, originado nos processos de gestão da qualidade de vida no trabalho, tem como elemento central um método interativo de quatro estágios: o PDCA (Plan-Do-Check-Act, em português, Planejar-Fazer-Avaliar-Melhorar).
Esse padrão já foi utilizado pela OMS (Organização Mundial de Saúde) para o desenvolvimento da publicação “AMBIENTES DE TRABALHO SAUDÁVEIS: UM MODELO PARA AÇÃO”. O ciclo PDCA é fundamental para garantir que a avaliação das ações planejadas e implementadas possa gerar correções que visem programas cada vez mais efetivos para promover a saúde no trabalho.
É fundamental para o promotor de saúde, ou o gestor de um programa de promoção da saúde no trabalho, compreender conceitos, tipos e formas de utilização de indicadores para avaliação dos programas. É preciso saber diferenciar o que é “dado”, “informação” e “indicador”, que podem ser trabalhados em nível individual, coletivo e organizacional.
Temos, por exemplo, a medida da pressão arterial no nível individual que, isoladamente, é um “dado”. O acompanhamento ou agrupamento desses dados ao longo do tempo podem trazer a “informação” do diagnóstico de hipertensão arterial. O estadiamento dessa pressão arterial classificada em categorias, a resposta do paciente/trabalhador às medidas medicamentosas ou não e o seu acompanhamento ao longo do tempo, identificam o sucesso do tratamento ou o risco de complicações como, por exemplo, um acidente vascular cerebral (derrame).
A mesma lógica segue-se no nível coletivo ou organizacional. Um “dado” é uma medida isolada que, de maneira agrupada, pode trazer uma “ informação” que, por sua vez, é acompanhada e associada a um objetivo para tornar-se um “indicador”.