Número de acidentes de trabalho cresce 43% nos últimos anos

Número de acidentes de trabalho cresce 43% nos últimos anos

Segundo os dados mais recentes disponibilizados pelo INSS, o número de acidentes de trabalho registrados em 2013 atingiu um total de 559 mil, 43% maior do que os dados anteriores, de 2003.

Classificação dos acidentes de trabalho

Antes de explorar melhor os dados disponibilizados, é importante entender que os acidentes de trabalho são classificados em 3 categorias distintas:

  1. Acidente típico de trabalho
    É o acidente que acontece de forma subida durante a realização de atividades no período de trabalho. Cair de uma escada, tomar um choque ou torcer o pé na firma são alguns exemplos desta categoria.
  2. Doença ocupacional
    Ocorre quando o trabalhador adquire alguma doença ou deficiência devido à alguma atividade realizada ou condição existente no ambiente de trabalho. Pode ser, por exemplo, uma lesão por esforço repetitivo devido a horas gastas digitando no computador ou alguma perda auditiva em ambientes de trabalho barulhentos.
  3. Acidente de trajeto
    Segundo a Organização Internacional do Trabalho – OIT –, o “acidente de trajeto é aquele que ocorre no caminho entre o local de trabalho e a casa do trabalhador, o local onde costuma comer e onde ele recebe sua remuneração, além dos ocorridos no deslocamento para cumprir uma tarefa de trabalho”.

Os dados

Dos acidentes de trabalho, o mais recorrente é o típico, que corresponde a 77% dos casos registrados. No entanto, foi o índice de acidentes de trajeto que obteve o maior crescimento no período: mais de 100%. O número desses passou de 49 mil para 111 mil, o que impactou também no número de afastamentos, que foi de 22 mil para 47 mil. Segundo o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócioeconômicos – Dieese – é provável que a qualidade do transporte público também tenha influência nesses dados.

A maior concentração de acidentes de trabalho atualmente está no setor de serviços, com cerca de metade dos casos registrados. Esse dado, no entanto, não é tão surpreendente assim, uma vez que 35% da mão de obra brasileira está no setor de serviços, contra, por exemplo, 16% nas indústrias, onde, teoricamente, os riscos de acidentes são maiores.

É importante ressaltar que os dados levantados na pesquisa, realizada pelo Dieese, correspondem apenas aos acidentes de trabalho registrados no INSS. Ou seja, é bem provável que os números reais sejam muito maiores do que os apresentados.

Mas nem todos os dados levantados são ruins. Embora o aumento dos acidentes de trabalho se mostre como algo preocupante, a taxa de mortalidade, em contra partida, reduziu, caindo de 6,9 por cem mil para 3,8 por cem mil trabalhadores.

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