Gestão eficaz de benefícios trabalhistas

Com a entrada em vigor da reforma trabalhista, as empresas começaram a estudar a nova legislação para descobrir como prevenir problemas de saúde dos funcionários e economizar. Nesse processo, as despesas com pessoal são as principais “vilãs”. Segundo a Associação Brasileira de Recursos Humanos (ABRH), 12% dos gastos são com planos de saúde, atrás apenas da folha de pagamento. E estamos falando de só um dos benefícios concedidos.

Pensando nisso, as companhias vêm realizando campanhas de saúde preventiva, que envolvem desde ações para alimentação saudável até parcerias com academias de ginástica. Tudo porque, com a nova lei, as empresas ficaram mais seguras de não serem alvos de decisões judiciais sobre benefícios e premiações serem considerados como parte do salário.

As instituições que gerenciam benefícios também observaram essa mudança do mercado e estão ampliando sua cartela de serviços. É o caso, por exemplo, da Alelo e da Ticket, duas das maiores do setor. A Lei nº 13.467/2017, nos artigos 457 e 458, dá maior flexibilidade para concessão de auxílios-alimentação e acesso a medicamentos e serviços médicos. É com base neles que essas empresas trabalham, ampliando a oferta de vales para farmácias, exames e ginástica.

“Vales-alimentação hoje são só uma commodity, a grande avenida de crescimento ainda está por vir”, disse em entrevista à Reuters o presidente da Alelo, Raul Moreira. Hoje, os vales são o carro-chefe de um mercado de 85 bilhões de reais por ano e que pretende se expandir para outros setores. A meta da Alelo, por exemplo, é que a fatia dos produtos não ligados à alimentação suba dos atuais 12% para 30% até 2020.

“Os vales-alimentação estão perdendo espaço”, afirmou Marilia Rocca, diretora geral da Ticket no Brasil. A empresa lançou, em 2017, um aplicativo para ajudar usuários e funcionários da área de Recursos Humanos a monitorar a qualidade nutricional da alimentação, inclusive com a indicação de restaurantes, e programas para reduzir peso.

Além disso, a Ticket lançou um programa piloto para que os trabalhadores possam receber um adiantamento do salário para gastos específicos, como os ligados à saúde. Para o segundo semestre, os planos são avançar em novos produtos para benefícios de saúde.

Já a Alelo criou o Alelo Multibenefícios, que também inclui a possibilidade de uso para consultas médicas em clínicas populares. “Já estamos oferecendo ao mercado, em um único produto, nossos serviços de alimentação, saúde e bem-estar que atendem de forma simples e completa a necessidade de trabalhadores e empregadores, com a possibilidade dos valores utilizados serem subsidiados pela empresa ou antecipados do salário do colaborador”, afirmou Raul.

Para o diretor de Produtos e Marketing da Alelo, todos esses investimentos têm relação direta com a produtividade e a saúde do empregado, seja física ou mental. “Investir em benefícios que proporcionem uma melhor qualidade de vida ao trabalhador não deve ser encarado como despesa, mas como investimento.”

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