Estudo classifica o estresse no trabalho como fator de risco para derrames

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No estudo publicado na revista Neurology (da Academia Americana de Neurologia), feito com dados de 138.782 pessoas que participaram de pesquisas realizadas na Suécia, Finlândia, Japão e EUA ao longo de 17 anos, os cientistas classificaram os empregos em quatro grupos. Baseado no nível de controle dos trabalhadores sobre suas atividades e dificuldades enfrentadas, foram criadas as categorias:

  • Trabalho passivo: baixa demanda e baixo controle (como os Artesãos);
  • Baixo nível de estresse: baixa demanda e alto nível de controle (como os Cientistas);
  • Alto nível de estresse: alta demanda e pouco controle (como os Enfermeiros);
  • Trabalho ativo: alta demanda e alto controle (como os Professores).

Até 27% dos participantes encaixam-se na categoria de alto nível de estresse. Há urgência em investigar mais profundamente pois, mesmo quem tem hábitos saudáveis, mas tem um posto laboral estressante apresenta risco e, trabalhadores buscam, em geral, formas não saudáveis de lidar com o estresse (o tabagismo, por exemplo).

O derrame é para o cérebro o que o infarto é para o coração. Em ambas as situações, uma artéria que irriga o órgão é obstruída, causando o sofrimento das células devido à falta de oxigênio. O estresse é considerado pelos cientistas um fato de risco causador de derrames, porque eleva a produção de glóbulos brancos no organismo, que em excesso, prejudicam e reduzem o fluxo da circulação sanguínea. Esse processo favorece a formação de coágulos e aumenta os riscos de derrames e doenças cardiovasculares.

O desemprego, a competitividade, a pressa… Qual a sensação física ante todo esse estresse ao longo do dia?… Diariamente?… Pela vida afora?…

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