10 recomendações para prevenir doenças cardiovasculares

Nossas escolhas diárias têm um impacto direto na prevenção de doenças cardiovasculares. Pelo menos é isso o que mostra o relatório Diretrizes na Prevenção Primária de Doenças Cardiovasculares 2019, publicado pela American College of Cardiology (ACC) e pela American Heart Association (AHA).

O estudo traz em uma lista com as principais recomendações para médicos e pacientes, que servem como pontos de atenção para os atendimentos primários. Algumas informações são bem conhecidas, como a necessidade de atividades físicas e de uma boa alimentação. Outras, porém, são novidades que movimentaram a Medicina.

Dentre as dicas de 2019, a que mais chamou a atenção da comunidade médica foi sobre o uso da aspirina. Os pesquisadores recomendam que o medicamento não deve ser usado com frequência para prevenir ataques cardíacos e derrames em pessoas sem doenças cardiovasculares.

Dicas para prevenção

1. Manter um estilo de vida saudável é a melhor maneira de prevenir a insuficiência cardíaca, a fibrilação e a doença vascular aterosclerótica (também chamada de enrijecimento das artérias).

2. A prevenção de doenças cardiovasculares é mais eficaz quando o cuidado é feito por uma equipe. Os médicos precisam avaliar quais são os fatores sociais que podem afetar a saúde do paciente para, assim, informar qual o melhor tratamento.

3. Adultos entre 40 e 75 anos e que estão sendo cogitados para programas de prevenção de doenças cardiovasculares devem ser submetidos a uma análise dos riscos para a doença cardiovascular aterosclerótica (calculadora ASCVD). Isso deve ser feito antes de iniciar a terapia farmacológica – como anti-hipertensivos, estatina ou até mesmo aspirina. Além disso, é preciso avaliar outros fatores que podem aumentar os riscos, ajudando nas decisões sobre intervenções preventivas em indivíduos selecionados. É o caso, por exemplo, da realização da varredura de cálcio na artéria coronária.

4. Todos os adultos devem seguir uma dieta saudável, que priorize a ingestão de vegetais, frutas, nozes, cereais integrais, vegetais e proteínas animais – como peixes. Também é preciso minimizar a ingestão de gorduras trans, carnes processadas, carboidratos refinados e
bebidas açucaradas. Para adultos com excesso de peso e obesidade, é necessário um aconselhamento mais próximo e uma restrição calórica para atingir e manter o peso ideal.

5. É preciso realizar pelo menos 150 minutos de atividades físicas de intensidade moderada ou 75 minutos de atividade física de intensidade vigorosa por semana.

6. Para adultos com diabetes mellitus tipo 2, é crucial fazer mudanças no estilo de vida, de forma a melhorar os hábitos alimentares e realizar os exercícios recomendados. Se for necessário utilizar medicação, a metformina deve ser a primeira escolha. Como opção, podem ser usados inibidores do transportador de sódio-glicose 2 ou receptores agonistas do peptídeo semelhante a glucagon 1.

7. Em todas as consultas de saúde, é necessário questionar sobre o uso de tabaco. As pessoas que o usam devem ser assistidas e fortemente aconselhadas a desistir.

8. Pela ausência de benefícios, a aspirina deve ser pouco utilizada na prevenção primária de
rotina da doença cardiovascular aterosclerótica.

9. Há alguns casos em que a terapia com estatina é o tratamento recomendado para a prevenção primária de eventos cardiovasculares: pacientes com níveis elevados de colesterol de lipoproteína de baixa densidade (≥190 mg/dL) e aqueles com diabetes mellitus, de 40 a 75 anos e que possuem risco CV ≥7,5%.

10. As intervenções não farmacêuticas são recomendadas para todos os adultos com hipertensão. Para os que precisam de medicamentos, a pressão arterial ideal média precisa estar, geralmente, abaixo de 130×80 mmHg.

Sobre o estudo

Desde 1980, o ACC e a AHA vêm analisando as evidências científicas e transformando-as em guias práticos, com recomendações para melhorar a saúde cardiovascular da população. Todas as diretrizes são baseadas em métodos sistemáticos para avaliar e classificar as evidências, de modo a fornecer uma base confiável para cuidados médicos de qualidade.

Quem quiser ler o documento completo, em inglês, pode acessá-lo no site do Journal of the American College of Cardiology.

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